Ao descobrirem que sou ateu algumas pessoas mudam imediatamente o comportamento.
Não necessariamente assumem uma postura belicosa. Algumas até ficam genuinamente curiosas ou interessadas. Contudo, em sua grande maioria as pessoas reagem com condescendência ou animosidade.
É interessante como algumas perguntam em tom dramático, cristão e sofrido - “como você perdeu sua fé?”. Faz-me lembrar de quando vi um amigo advogado perguntando a um cliente como ele havia perdido a perna.
A animosidade é demonstrada através de perguntas do tipo: “mas e a bíblia? E Jesus? E a beleza do mar, do universo....”. Visível também é o ceticismo dos crentes. Eles realmente acreditam que estou “passando por uma fase”, “que vou retornar e pregar a verdade da fé”, “ que tudo isso não passa de bobagem infantil”, que se trata de “pecado não confessado”, “dura cerviz” e por ai vai..
A animosidade tem outras faces também. Pois, segundo já ouvi tantas vezes, “você vai voltar por amor ou pela dor”, há uma suposição generalizada que vou sofrer de câncer, acidentes e coisas do gênero e que através da dor vou voltar meu caminhos ao “senhor”. Em alguns casos até minha prole futura entra no baile.
Digo que minha possível dor ou desespero não vai fazer o não-existente existir.
De tudo isso o que mais me irrita é a condescendência. Irrita porque pessoas irracionais (de fé) querem impor um regime de analise de meu ateísmo em bases de lógica. Querem aplicar a noção e a idéia de que meu posicionamento é resultado de falta de conhecimento ou imaturidade. É falta de conhecer os “mistérios de deus”.
Balela. Pura balela. A fé religiosa é a negação completa do raciocínio lógico. E o que nos separa dos animais é a capacidade de pensar. Obviamente estou generalizando a separação do homem dos animais. Falo, limitadamente, do ponto de vista intelectual.
Uma coisa confesso: Ser ateu é solitário e por vezes cruel. Quando li o livro “Ensaio sobre a cegueira” de José Saramago senti um nó no estomago, pois, ao completar a primeira fase do processo (do que chamo) de desintoxicação religiosa vi em que estado de sujeira, podridão e degradação estão meus companheiros seres humanos. Hoje tenho dificuldade em ver meus parentes indo à igreja e cantando, orando, rezando, dando e recebendo passes etc. É assustadoramente absurdo.
Como é possível??? Por vezes temo pelo futuro. Como seremos daqui a cem mil ou um milhão de anos? Será que estaremos aqui (no Universo)? Contudo, meu temor maior é que espalhemos esta praga destruidora que é a religião pela galáxia.
Não necessariamente assumem uma postura belicosa. Algumas até ficam genuinamente curiosas ou interessadas. Contudo, em sua grande maioria as pessoas reagem com condescendência ou animosidade.
É interessante como algumas perguntam em tom dramático, cristão e sofrido - “como você perdeu sua fé?”. Faz-me lembrar de quando vi um amigo advogado perguntando a um cliente como ele havia perdido a perna.
A animosidade é demonstrada através de perguntas do tipo: “mas e a bíblia? E Jesus? E a beleza do mar, do universo....”. Visível também é o ceticismo dos crentes. Eles realmente acreditam que estou “passando por uma fase”, “que vou retornar e pregar a verdade da fé”, “ que tudo isso não passa de bobagem infantil”, que se trata de “pecado não confessado”, “dura cerviz” e por ai vai..
A animosidade tem outras faces também. Pois, segundo já ouvi tantas vezes, “você vai voltar por amor ou pela dor”, há uma suposição generalizada que vou sofrer de câncer, acidentes e coisas do gênero e que através da dor vou voltar meu caminhos ao “senhor”. Em alguns casos até minha prole futura entra no baile.
Digo que minha possível dor ou desespero não vai fazer o não-existente existir.
De tudo isso o que mais me irrita é a condescendência. Irrita porque pessoas irracionais (de fé) querem impor um regime de analise de meu ateísmo em bases de lógica. Querem aplicar a noção e a idéia de que meu posicionamento é resultado de falta de conhecimento ou imaturidade. É falta de conhecer os “mistérios de deus”.
Balela. Pura balela. A fé religiosa é a negação completa do raciocínio lógico. E o que nos separa dos animais é a capacidade de pensar. Obviamente estou generalizando a separação do homem dos animais. Falo, limitadamente, do ponto de vista intelectual.
Uma coisa confesso: Ser ateu é solitário e por vezes cruel. Quando li o livro “Ensaio sobre a cegueira” de José Saramago senti um nó no estomago, pois, ao completar a primeira fase do processo (do que chamo) de desintoxicação religiosa vi em que estado de sujeira, podridão e degradação estão meus companheiros seres humanos. Hoje tenho dificuldade em ver meus parentes indo à igreja e cantando, orando, rezando, dando e recebendo passes etc. É assustadoramente absurdo.
Como é possível??? Por vezes temo pelo futuro. Como seremos daqui a cem mil ou um milhão de anos? Será que estaremos aqui (no Universo)? Contudo, meu temor maior é que espalhemos esta praga destruidora que é a religião pela galáxia.